Com as intervenções baseadas na ABA (Análise de Comportamento Aplicada), o autista melhora as interações sociais, aprende novas competências e mantém comportamentos positivos. O que é o autismo (TEA)?
Basicamente, a ABA possibilita compreender as ações e habilidades das pessoas autistas e como elas podem ser influenciadas pelo meio ambiente. As intervenções ABA são cientificamente comprovadas e a ciência ABA existe há mais de 50 anos.
Logo que os pais recebem o diagnóstico do autismo é comum que fiquem em dúvida sobre as intervenções precoces e o que realmente é eficaz para seus filhos.
Geralmente, são usadas várias técnicas ao mesmo tempo para evitar a estagnação e o tédio da criança. Por isso, é fundamental ter o apoio de especialistas capacitados que possam avaliar a pessoa e definir qual é a melhor estratégia.
As técnicas visam substituir comportamentos inadequados por outros mais positivos e apropriados. Melhorar a concentração, a motivação, a fala e as interações sociais da criança também são importantes e trabalhadas de forma individual.
As dinâmicas que compreendem a prática podem ser ministradas em casa, em escolas ou em clínicas especializadas e envolvem até 40 horas por semana de terapia individualizada.
A seguir, veja detalhes dos motivos para escolher ABA para seu filho.
Gerenciamento de comportamentos
A ABA ajuda a controlar comportamentos inadequados por meio do reforço positivo. Nesses casos, há uma recompensa como forma de estimular determinada prática.
Sendo assim, aumentam as chances de a criança repetir o comportamento. Já se ocorrer um comportamento negativo, pode haver uma repreensão para inibir tal atitude.
Ensina novas habilidades
Ajuda o autista a ter novas habilidades para serem mais independentes e mais bem-sucedidos no dia a dia.
Além de ensinar novas habilidades, que possibilitem à criança se integrar em novos ambientes e reduzir comportamentos prejudiciais a ela, como a autoagressão.
Não requer equipamentos
Uma das características mais positivas da ABA é que ela não requer o uso de equipamentos ou ferramentas caras, o que possibilita ser trabalhada não apenas por profissionais.
Sendo assim, os pais e cuidadores podem realizar as atividades em casa ou os professores na escola, sempre com a orientação dos analistas comportamentais.
Foco no autista de forma individualizada
São realizadas avaliações constantes para determinar qual é a melhor estratégia, de acordo com as dificuldades e limitações do autista.
Por isso, são feitas intervenções individualizadas que visam o aperfeiçoamento de habilidades básicas, como olhar, ouvir e imitar, ou complexas, como conversar e interagir com o outro.
Trabalha a motivação
A ABA trabalha com a motivação da criança por meio dos reforçadores, ou seja, estímulos para que os comportamentos positivos voltem a acontecer
O reforço deve ser individual, ou seja, precisa agradar a criança ou jovem. Por isso, há diversos tipos de reforçadores.
Há vários tipos de reforçadores como brinquedos, alimentos, passeios, elogios, jogos, e desenhos, por exemplo.
Diversas dimensões
A ABA possui diversas dimensões centrais e visam ajudar a criar mudanças mais significativas e produzir um impacto maior no comportamento e evolução do autista.
Técnicas de ensino em ABA
A terapia ABA pode ser mais estruturada ou ser mais lúdica e aplicada por meio de brincadeiras. Entre elas, podemos citar:
Motivação – usa a motivação da criança por meio dos reforçadores, ou seja, estímulos para que os comportamentos positivos voltem a acontecer.
Hierarquia em dicas – trata-se de retirar gradualmente as dicas dadas às crianças para que elas realizem atividades.
Modelagem – visa modificar um comportamento de forma gradual, com treino de aproximações sucessivas.
Ensino de tentativas discretas – as habilidades são divididas em elementos pequenos e “discretos” (ou distintos). O terapeuta apresenta cada elemento da habilidade para a criança, um de cada vez. A criança receberá um reforço positivo após cada resposta correta.
Generalização – consiste em ajudar o indivíduo a aplicar um comportamento aprendido na terapia para o dia a dia.
Referências: