Fonoaudiologia e autismo: reduzindo dificuldades de linguagem e comunicação no TEA

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Você sabe qual o papel do fonoaudiólogo no Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)? Vamos compreender.

Uma das características do TEA é o comprometimento da linguagem (oral e escrita) e comunicação (verbal e não verbal), sendo estes considerados os sinais que frequentemente são os primeiros indícios de espectro do autismo.

E, é por meio da intervenção de um fonoaudiólogo no desenvolvimento da criança com autismo que é possível reduzir impactos do TEA na audição e fala e ampliar a independência cognitiva e funcional do autista, o que contribui para facilitar a interação social.

A partir do diagnóstico de TEA é indicado que um fonoaudiólogo seja consultado assim que o atraso ou dificuldade de comunicação for percebido.

Uma vez que o déficit de audição e linguagem no autista foi determinado, será possível iniciar ações para desenvolver as habilidades necessárias no campo da comunicação.

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Um fonoaudiólogo ajudará a criança a entender e usar as palavras. Ela poderá aprender a perguntar e responder questões; pedir ajuda; começar ou encerrar uma conversa.

Este profissional também poderá trabalhar na leitura e escrita, possibilitando que o indivíduo com TEA leia livros, conte histórias, escreva letras, palavras e frases.

Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA)

Outra possibilidade que pode ser conduzida pelo fonoaudiólogos e trazer benefícios, sobretudo para indivíduos com TEA considerados não verbais e com habilidades de comunicação verbal comprometida, é a chamada “Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA)” que é uma ferramenta que inclui todas as formas de interlocução que podem ser usadas para expressar pensamentos, necessidades, desejos e ideias – tais como expressões ou gestos faciais, uso de imagens para ilustrar algo que se objetive expressar, entre outros.

A CAA pode oferecer um meio de comunicação efetivo para indivíduos com transtorno do espectro do autismo, muitos dos quais não conseguem usar o discurso convencional de forma eficaz. Entre as modalidades que podem substituir ou ampliar o discurso de uma pessoa com TEA por meio da CAA, estão: uso de sinais emitidos por meio de sistemas que incluem símbolos gráficos exibidos em placas de comunicação ou em livros, ou dispositivos que dependem de tecnologia, como geradores de fala, incluindo tecnologias móveis (computador, tablets ou outros dispositivos eletrônicos).

Quem é o fonoaudiólogo?

Conforme a definição do Conselho Federal de Fonoaudiologia (CFFa) este é o profissional “responsável pela promoção da saúde, prevenção, avaliação e diagnóstico, orientação, terapia (habilitação e reabilitação) e aperfeiçoamento dos aspectos fonoaudiológicos da função auditiva periférica e central, da função vestibular, da linguagem oral e escrita, da voz, da fluência, da articulação da fala e dos sistemas miofuncional, orofacial, cervical e de deglutição”.

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Por ser o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) um distúrbio do neurodesenvolvimento que afeta as pessoas de diferentes formas na área da sociabilização, comunicação e comportamento, o fonoaudiólogo deve preferencialmente atuar em conjunto com uma equipe multidisciplinar que reúna especialistas como pediatras, neurologistas, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas, entre outros.

Leia também em Neuroconecta – na seção “Artigos” :

Conheça as opções terapêuticas para o TEA
O papel do terapeuta ocupacional no TEA

Referências

CFFa. O que é a Fonoaudiologia. Conselho Federal de Fonoaudiologia. Disponível em <http://www.fonoaudiologia.org.br/cffa/>

Ganz JB. AAC Interventions for individuals with autism spectrum disorders: state of the science and future research directions. Augment Altern Commun. 2015;31(3):203–214. Disponível em <http://www.tandfonline.com/doi/abs/10.3109/07434618.2015.1047532?journalCode=iaac20>. Acessado em 5 de setembro de 2017.

Iacono T, Trembath D, Erickson S. The role of augmentative and alternative communication for children with autism: current status and future trends. Neuropsychiatric Disease and Treatment. 2016;12:2349-2361. doi:10.2147/NDT.S95967. Disponível em <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5036660/#b1-ndt-12-2349> Acessado em 5 de setembro de 2017.

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Dra. Fabiele Russo

Neurocientista especialista em Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Mestre e Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP). Cofundadora da NeuroConecta.