Uma dúvida bastante frequente dos pais que recebem o diagnóstico de autismo dos filhos é sobre as intervenções. Certamente, entre as intervenções que possuem resultados comprovados, destacam-se as baseadas na Análise de Comportamento Aplicada (ABA).
As intervenções baseadas na ABA são cientificamente comprovadas e possibilitam compreender as ações e habilidades das pessoas no espectro autista e como elas podem ser influenciadas pelo meio ambiente.
Além disso, a ABA contribui com uma melhora nas interações sociais, ajuda no aprendizado de novas competências e a manter comportamentos positivos.
Então, a seguir, destacaremos alguns motivos para você escolher intervenções baseadas na ABA para seu filho:
1. Desenvolvimento do autista
A ABA tem como objetivo atuar em prol do desenvolvimento do autista – desde a infância à idade adulta. São usadas técnicas que possibilitem ampliar a capacidade cognitiva, motora, de linguagem e de integração social do autista.
2. Eficácia da ABA é comprovada cientificamente
Um dos primeiros estudiosos na área ABA foi o psicólogo Skinner, em 1930.
Portanto, a ABA tem evidências científicas que atestam sua eficácia. Consiste em um conjunto de procedimentos e intervenções destinados a aumentar comportamentos positivos.
Além disso, ensina novas habilidades, que possibilitem à criança se integrar em novos ambientes e reduzir comportamentos prejudiciais a ela, como a autoagressão.
3. Gerenciamento de comportamentos
Em caso de comportamento positivo, há uma recompensa como forma de estimular determinada prática. Por isso, com a terapia ABA, a expectativa é que esta atitude seja repetida posteriormente.
E, em alguns casos, se houver comportamento negativo, algumas estratégias são utilizadas como meio de inibir tal atitude.
4. Pode ser aplicada em diferentes locais
As dinâmicas que compreendem a prática da intervenção ABA podem ser ministradas em casa, em escolas ou em clínicas especializadas. Assim, em alguns casos envolvem até 40 horas por semana de terapia individualizada.
5. ABA não requer equipamentos
Uma das características positivas das intervenções ABA é que elas não requerem o uso de equipamentos ou ferramentas caras, assim, possibilita ser trabalhada não apenas por profissionais.
Ademais, ela pode ser praticada em casa, com suporte dos pais e familiares, no contexto escolar, entre outros ambientes naturais.
6. Ajuda no ensino de novas habilidades
Ensina habilidades que permitem que os indivíduos sejam mais bem-sucedidos e menos dependentes do comportamento problemático que pode gerar atitude negativa para atender às suas necessidades.
7. Foco no autista de forma individualizada
A Intervenção é individualizada. Por isso, são realizadas avaliações constantes para determinar qual é a melhor estratégia, de acordo com as dificuldades e limitações do autista.
Ademais, as intervenções baseadas em ABA auxiliam no aperfeiçoamento de habilidades básicas, como olhar, ouvir e imitar, ou complexas, como conversar e interagir com o outro.
8. Trabalha a motivação
A ABA trabalha com a motivação da criança por meio dos reforçadores, ou seja, estímulos para que os comportamentos positivos voltem a acontecer.
O reforço deve ser individual, ou seja, precisa agradar a criança ou jovem. Por isso, há diversos tipos de reforçadores.
Entre os tipos de reforçadores usados podemos citar: brinquedos, cócegas, alimentos, passeios, elogios, abraços, jogos, desenhos.
9. Mensuram os avanços
A ABA é uma ciência que estuda as leis que regem a interação do indivíduo com o ambiente. Dessa forma, após uma análise dos comportamentos é possível traçar um plano de ação para modificá-los.
Os profissionais realizam uma avaliação inicial para checar as habilidades do indivíduo e nortear os pontos principais da intervenção. Além disso, as metas são avaliadas frequentemente e as escalas atualizadas.
Como a ABA é uma tecnologia de ensino individual, o especialista em ABA conhece e sabe usar mais de uma escala de habilidades.
10. Trabalho em conjunto
Geralmente, as crianças com autismo passam por mais de uma intervenção ao mesmo tempo. É comum que sejam atendidos por psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, pediatras, neurologistas, entre outros.
Os profissionais que cuidam do autista trabalham em conjunto e trocam informações para que o autista consiga se desenvolver adequadamente.