Intervenções terapêuticas para o autismo

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Neste artigo vamos falar sobre as intervenções para o autismo. Mas, claro, temos que destacar que essas intervenções ajudam a reduzir os sintomas e dão mais qualidade de vida para as pessoas com o transtorno, mas não curam o autismo.

Pois, como já falamos o autismo não é uma doença. Por isso, o tratamento ajuda a pessoa autista a desenvolver habilidades socias e ter mais independência e autonomia.

Saiba mais sobre Transtorno do Espectro do Autismo

Cada pessoa com autismo tem necessidades diferentes, portanto, é importante encontrar as melhores opções de tratamento de forma individual. Algumas pessoas podem precisar de pouco ou nenhum tratamento, enquanto outras podem necessitar de terapias mais intensas e frequentes. Lembrando também que o autismo é uma condição para vida toda.

Após o diagnóstico do autismo, a criança antes dos três anos deve passar por intervenção precoce que inclui uma combinação de abordagens comportamentais, como a Análise de Comportamento Aplicada, conhecida também pela sigla ABA.

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Sobre as intervenções ABA

Ela refere-se a uma ciência com uma série de programas destinados a desenvolver habilidades sociais, cognitivas e incentivar comportamentos positivos usando um sistema de recompensa.

Dentro da ABA há técnicas que incentivam o passo a passo do aprendizado. Pode se trabalhar individualmente ou em grupo para quea criança desenvolva habilidades de comunicação e reduza comportamentos como a autoagressão. Também é possível que o terapeuta realize mudanças ambientais na casa ou na sala de aula para ter os resultados esperados.

Como sabemos, para algumas pessoas com autismo, interagir com as outras pessoas é muito difícil. Com a ABA é possível aprender as habilidades sociais básicas, incluindo como conduzir uma conversa, entender piadas e interpretar os sinais emocionais.

Modelo Denver

Outra intervenção é o Modelo Denver de intervenção precoce que é recomendada para crianças de até 5 anos. O modelo Denver é uma terapia comportamental baseada na Analise do Comportamento. Os pais e terapeutas usam atividades lúdicas para reforçar os comportamentos positivos. Por meio de brincadeiras, as crianças são encorajadas a melhorar suas habilidades linguísticas, sociais e cognitivas. Tem como objetivo fazer a criança perceber que se relacionar é legal, e com isso melhoras as habilidades sociais dessa criança.

Mas é importante dizer que para essas terapias terem um resultado positivo é preciso ter o envolvimento da criança, de seus familiares, cuidadores e especialistas que a acompanham. Todo mundo deve estar envolvido e participar deste processo! 

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A intervenção precoce possibilita que a criança tenha mais perspectivas de conseguir superar as limitações características do espectro e se desenvolver melhor.

Outras intervenções

Além disso, a criança autista pode contar com a ajuda de outros profissionais como fonoaudiólogos que ajudam a desenvolver as habilidades de comunicação e a capacidade de usar a linguagem em um ambiente social.  Eles ensinam as habilidades verbais que podem ajudar as pessoas com autismo a se comunicar melhor, ajuda o autista a melhorar a velocidade e o ritmo da fala, além de usar palavras corretamente. 

Podemos contar também com o Terapeuta ocupacional que vai trabalhar as questões sensoriais e atividades de vida diária. Ele vai ajudar a criança a entender a importância do autocuidado e desenvolver habilidades para ser mais independente, como por exemplo se vestir, uso do banheiro, cozinhar, limpar e assim se tornar mais independente.

Em alguns casos, pode ser indicada a terapia cognitivo comportamental (TCC). Dessa forma, o autista é amparado por um psicólogo que durante as sessões consegue fazer com a pessoa com TEA aprenda mais sobre seus sentimentos, pensamentos e comportamentos.

A terapia também ajuda o autista a controlar a ansiedade, a reconhecer melhor as emoções e a lidar melhor com situações sociais.

O tratamento medicamentoso é indicado em alguns casos para tratamento de comorbidades associadas ao autismo.

Há diversos tipos de medicamentos que podem controlar por exemplo a depressão, a ansiedade e a hiperatividade.

Há também medicamentos que podem ser indicados para melhorar a qualidade do sono para pessoas que apresentam distúrbios do sono.

Outros medicamentos podem ajudar os problemas de agressividade, autoflagelação e outros comportamentos inadequados. Importante ressaltar o que tratamento medicamentoso deve sempre estar associado as terapias comportamentais.

Como vocês viram, há uma variedade de abordagens terapêuticas. Sabemos que podemos contar com diversos outros profissionais como os psicopedagogos, pedagogos, educadores físico, fisioterapeutas, arteterapeuta, musicoterapeuta entre outros.

Lembrando que é importante sempre buscar ajuda especializada, fazer um acompanhamento médico e com profissionais especialistas na área e para assim descobrir e desenhar o plano de tratamento mais eficaz para cada um.

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Dra. Fabiele Russo

Neurocientista especialista em Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Mestre e Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP). Cofundadora da NeuroConecta.