Entendendo o Transtorno Opositivo Desafiador (TOD)

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O Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) é um dos transtornos mais comuns na infância.

De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais 5.ª edição (DSM-5), o TOD é uma condição que afeta diretamente o aspecto comportamental onde a criança ou o adolescente apresenta um quadro de irritabilidade, padrões persistentes de comportamentos negativistas, desobedientes e desafiadores.

Os sinais do TOD normalmente surgem antes dos 8 anos de idade e é mais comum em meninos do que meninas. Ainda não se conhece uma causa específica para o desenvolvimento do TOD, mas é provável que exista uma associação entre fatores genéticos e ambientais.

O TOD é uma das comorbidades que pode ser observada no Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). O termo comorbidade trata-se da co-existência de dois ou mais transtornos ou doenças.

A palavra comorbidade é formada pelo prefixo latino “cum” que significa correlação, e pela palavra morbidade, originada de “morbus”, que significa estado patológico ou doença.

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Alguns sinais do TOD:

  • Hostilidade;
  • Irritabilidade;
  • Desobediência;
  • Desafia regras;
  • Agressão verbal;
  • Apresentam surtos de raiva;
  • Apresentam tendência vingativa.

O tratamento requer uma abordagem multidisciplinar, onde inclui terapia comportamental, medicação e um bom suporte escolar.

Muitas vezes os indivíduos com o transtorno evoluem para um quadro de depressão e/ou Transtorno de conduta, por isso é muito importante ficar atento aos sintomas e buscar tratamento médico.

O TOD deve ser acompanhado pelo neurologista ou pelo psiquiatra infantil. Esses profissionais estão preparados para perceber os sintomas e indicar o melhor tratamento.

Além disso, poderão investigar se a criança ou adolescente apresenta outros transtornos associados como por exemplo TDAH, Transtorno de ansiedade, Transtorno de aprendizagem ou Transtorno de linguagem.

A intervenção precoce é essencial e ajuda a prevenir a progressão do transtorno para quadros mais graves. Por isso, é sempre importante buscar ajuda profissional.

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Leia também: Saiba mais sobre o TDAH

Referências:

 American Psychiatric Association (2013). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 5th Edn. Washington, DC: American Psychiatric Association.

 Yixin Tang, Xiuyun Lin, Peilian Chi, Qing Zhou, and  Xiangning Hou. Multi-Level Family Factors and Affective and Behavioral Symptoms of Oppositional Defiant Disorder in Chinese Children. Front Psychol. 2017; 8: 1123. 

Lavigne J. V., Bryant F. B., Hopkins J., Gouze K. R. Dimensions of oppositional defiant disorder in young children: model comparisons, gender and longitudinal invariance. J. Abnorm. Child Psychol. 2015; 43, 423–439.

Egger H. L., Angold A. Common emotional and behavioral disorders in preschool children: presentation, nosology, and epidemiology. J. Child Psychol. Psychiatry. 2006; 47, 313–337.

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Dra. Fabiele Russo

Neurocientista especialista em Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Mestre e Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP). Cofundadora da NeuroConecta.