Entendendo o autismo

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento que acaba impactando no desenvolvimento da pessoa e na forma como ela percebe o mundo. Por isso, muda também a forma como ela interage com as pessoas que fazem parte da sua vida. As causas do autismo ainda não foram totalmente definidas, mas sabemos que tem a ver com questões genéticas na maior parte dos casos (mais de 90% do casos) e com questões ambientais também.

Os casos de autismo são mais comuns do que se pode imaginar e o autismo está presente em todos os grupos raciais, étnicos e sociais.  No Brasil estimamos que há cerca de 2-4 milhões de pessoas com autismo (cerca de 1 à 2% da população). Infelizmente, muitos deles ainda demoram a ter um diagnóstico correto ou não possuem condições de ter uma vida com qualidade.

O TEA é uma condição relacionada ao desenvolvimento do cérebro que afeta a forma como uma pessoa percebe o mundo e se socializa. De acordo com o DSM-5 para a pessoa ser diagnosticada com autismo, ela deve apresentar dificuldades de interação social, na comunicação e alterações no comportamento apresentando comportamentos restritos e repetitivos.

Quem tem autismo pode apresentar comportamentos bastante específicos que variam de acordo com o grau do transtorno, que pode ser leve (nível 1), moderado (nível 2) ou grave (nível 3).

Quem possui o Transtorno tem um comprometimento da interação social, da comunicação verbal e não verbal (falas e gestos) e comportamentos repetitivos e estereotipados, que podem variar de intensidade. Alguns podem balançar as mãos, o corpo, ficar irritados com sons e apresentar resistência a mudanças, ficando bastante irritados.

Identificar os sinais e sintomas do autismo é fundamental. Geralmente com 18 meses, o diagnóstico pode ser realizado com uma entrevista com os pais e avaliação dos comportamentos por uma equipe multidisciplinar de médicos e especialistas da área da saúde, mas antes dos 18 meses já é possível observar os sinais do autismo.

Muitos pais notam comportamentos incomuns, como a dificuldade para fazer contato visual, não responder ao nome ou brincar com os brinquedos de forma incomum e de forma repetitiva.

Cada pessoa com autismo é única e precisa ter um suporte individual, de acordo com as suas necessidades. Uma pessoa com autismo deve ser estimulada a desenvolver o máximo do seu potencial intelectual, psicológico e cognitivo para ter uma vida digna e independência para realizar suas atividades.

Notou algo diferente no seu filho em relação à habilidade motora, dificuldade de se comunicar, dificuldades na interação social, presença de movimentos repetitivos e estereotipados com frequência?

Não deixe de conversar com seu pediatra. Quanto antes o autismo for identificado e a intervenção precoce iniciada maiores são as chances de evolução do desenvolvimento, autonomia e independência do autista.