Dia Mundial da Conscientização do Autismo

No dia 2 de abril comemoramos o Dia Mundial da Conscientização do Autismo.

A data foi criada para ajudar a conscientizar a população mundial sobre o autismo,  que é um transtorno no neurodesenvolvimento que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.

Saiba mais sobre o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)

Por isso, desde 2007, após uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), esse dia serve para alertar as sociedades e governantes sobre o Transtorno do Espectro do Autismo, ajudando a derrubar preconceitos e esclarecer detalhes dessa condição.

O evento é reconhecido internacionalmente e visa promover o compromisso da plena participação de todas as pessoas com autismo na sociedade e garantir que elas tenham o apoio necessário para exercer seus direitos e liberdades fundamentais.

Em celebração do dia, ocorrem reuniões de organizações de autismo individuais em todo o mundo para ajudar a incentivar pesquisas, diagnósticos, tratamento e aceitação geral para quem possui esse tipo de transtorno.

Organização das Nações Unidas (ONU)

Nos últimos anos, cada Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo se concentrou em um tema específico determinado pela ONU. Em 2019, o tema escolhido foi: “Tecnologias assistivas, participação ativa”, para tratar do uso de ferramentas tecnológicas para auxiliar no dia a dia do autista.

Por isso, a tecnologia será estimulada para se tornar uma ferramenta para remover as barreiras à sua plena sustentabilidade social, econômica e social.

A ONU convocou a comunidade mundial para remover as barreiras ao uso de tecnologias assistivas, incluindo altos custos, falta de disponibilidade, falta de consciência de seu potencial e falta de treinamento.

Os dados disponíveis indicam que, em vários países em desenvolvimento, mais de 50% das pessoas com deficiência que precisam de dispositivos de assistência não são capazes de recebê-los. Entre os tópicos que foram abordados destacam-se a Internet e as comunidades digitais, educação e emprego, telemedicina e o direito dos autistas de serem ouvidos.

A cor azul

Você sabia que a cor azul foi definida como a cor símbolo do autismo?

Isso ocorreu porque o Transtorno é mais comum nos meninos — na proporção de cerca de quatro meninos para cada menina.

Os norte-americanos criaram o movimento Light It Up Blue (ou seja, iluminar de azul, traduzido do inglês) que tem o objetivo sensibilização e conscientização para a inclusão de pessoas autistas na sociedade.

Nesta data, alguns pontos turísticos do mundo são iluminados de azul, cor que simboliza o autismo. Entre eles destacam-se o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Algumas pessoas também usam roupas de cor azul para simbolizar o Transtorno.

O que você pode fazer para conscientizar a sociedade sobre o TEA

– Para ampliar a consciência do autismo, comece aprendendo sobre o assunto. Leia sobre autismo e tire as suas dúvidas com profissionais da área.

– Envolva-se: encontre eventos, programas e serviços para pessoas autistas em sua cidade. Se não conseguir localizar eventos ou organizações de conscientização sobre o autismo em sua área, é hora de agir e criar um evento!

– Use as redes sociais: elas são uma ótima ferramenta para divulgar informações e histórias de pessoas com autismo. Plataformas como Facebook, YouTube, Instagram e Tik Tok podem ajudá-lo a aumentar o número de pessoas que tem conhecimento sobre o TEA.

– Conviva com as pessoas autistas: não importa o quanto você leia e estude, você nunca compreenderá completamente o autismo sem conviver ou interagir com alguém que tenha o transtorno.

– Não espalhe estereótipos e informações falsas: é importante garantir que as informações que você está compartilhando sejam verdadeiras e precisas.

Alguns estereótipos são espalhados e há muitos mitos e desinformação sobre o autismo. Procure sempre informações corretas e de fontes confiáveis.

É muito comum escutarmos alguns absurdos sobre o autismo, por isso é nosso dever compartilhar informações corretas para ajudar na conscientização da sociedade.

Algumas informações importantes sobre autismo

– Autismo NÃO é doença e por isso NÃO tem cura.

– NINGUÉM é portador de Autismo ou de qualquer deficiência.

– Ninguém se torna autista ao longo da vida, a pessoa NASCE autista.

– NÃO existe epidemia de Autismo, o que existe é um aumento no número de diagnósticos.

– Autismo NÃO é causado por vacinas ou por má criação dos pais.

– Autismo PODE SIM ser diagnosticado antes dos 2 anos de idade.

– Autismo tem causas GENÉTICAS e fatores de risco ambientais envolvidos, NÃO é culpa da mãe.

– NÃO existe tratamento milagroso para o autismo, a base da intervenção é comportamental e devem ser sempre realizadas intervenções baseadas em evidências científicas.

– Intervenção PRECOCE é a chave para o desenvolvimento do autista.

Referências

https://www.un.org/en/events/autismday

https://www.goblueforautism.com.au

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Foto de Dra. Fabiele Russo

Dra. Fabiele Russo

Neurocientista e pesquisadora na área do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Mestra e Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP) com Doutorado “sanduíche” no exterior pelo Departamento de Pediatria da Universidade da Califórnia, San Diego (UCSD). Realizou Pós-doutorado pela USP. É cofundadora da NeuroConecta e também, coautora do livro: Autismo ao longo da vida.
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Dra. Fabiele Russo

Neurocientista e pesquisadora na área do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Mestra e Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP) com Doutorado “sanduíche” no exterior pelo Departamento de Pediatria da Universidade da Califórnia, San Diego (UCSD). Realizou Pós-doutorado pela USP. É cofundadora da NeuroConecta e também, coautora do livro: Autismo ao longo da vida.