Conheça as 7 dimensões da ABA

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Já falamos bastante sobre a ABA (Análise do Comportamento Aplicada) por aqui e como ela contribui para melhorar as habilidades dos autistas. Esta ciência existe há mais de 50 anos e pode ajudar muito nas interações sociais, no aprendizado de novas competências e a manter comportamentos positivos.

Dentro da ABA são usadas técnicas que possibilitem ampliar a capacidade cognitiva, motora, de linguagem e de interação social.

O intuito sempre é reduzir os comportamentos negativos que possam causar danos ou interferir no processo de aprendizagem.

Além de  auxiliar no aperfeiçoamento de habilidades básicas, como olhar, ouvir e imitar, ou complexas, como ler, conversar e interagir com o outro.

Mas você sabia que a ABA se baseia em 7 dimensões centrais? Elas foram descritas pela primeira vez por Baer, ​​Wolf e Risley em 1968, na primeira edição do Journal of Applied Behavior Analysis (JABA).

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A seguir, veja detalhes sobre essas dimensões da ABA.

Dimensão Aplicada

A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) visa realizar melhorias em comportamentos sociais para aumentar a qualidade de vida das pessoas. Por isso, foca nos comportamentos das pessoas e na sociedade em geral e também na linguagem, autocuidado, desempenho acadêmico, entre outros.

Isso ajudará o autista a viver em sociedade, já que conseguirá se comunicar e expressar seus desejos e necessidades.

Dimensão Comportamental

O comportamento deve ser observável e mensurável para que possa ser alterado.

Nessa dimensão observa-se diretamente o comportamento de interesse. Para isso, é necessário definir objetivamente o comportamento, selecionar a melhor estratégia e mensurá-lo, usando medidas quantitativas confiáveis e precisas.

Dimensão Analítica

Ser analítico significa olhar para os dados para tomar decisões baseadas nessas informações.

A pergunta que fundamenta essa dimensão é: o procedimento utilizado foi, de fato, responsável pelos resultados alcançados?

Dimensão Tecnológica

Os procedimentos são descritos de forma clara e concisa para que outros possam implementá-los com precisão. É como se fosse uma receita, onde são descritas todas as etapas em detalhes para obter o resultado desejado.

Dimensão Conceitual

As intervenções são consistentes com os princípios demonstrados na literatura e nas pesquisas. É importante que os profissionais continuem a usar técnicas baseadas em pesquisa e evitem usar atalhos nos métodos de ensino.

Dimensão Eficaz

Deve mudar o comportamento, que é alvo de intervenção ou estudo em níveis práticos e de uma forma socialmente significativa.

O comportamento deve ser mudado para melhorar os relacionamentos com a  família e a sociedade.

A intervenção é eficaz quando muda o comportamento que procura mudar.

Dimensão Generalizável

Uma mudança comportamental deve ser durável ao longo do tempo e aparecer em uma ampla variedade de ambientes possíveis e/ou quando se espalhar para uma ampla variedade de comportamentos relacionados.

Basicamente, visa que esses comportamentos ensinados sejam usados ​​em vários ambientes, em várias pessoas e continuem a ser usados ​​no futuro.

Por que isso é importante?

Compreender as dimensões da ABA é importante para ajudar a criar mudanças mais significativas e produzir um impacto maior no comportamento e evolução do autista.

Vale destacar que nas intervenções da dinâmica da ABA são avaliados determinados dados que possibilitam verificar se o comportamento está mudando na direção esperada e os objetivos estão sendo alcançados.

As dinâmicas que compreendem a prática podem ser ministradas em casa, em escolas ou em clínicas especializadas e envolvem até 40 horas por semana de terapia individualizada.

Leia também: https://neuroconecta.com.br/por-que-realizar-intervencao-baseada-na-aba-em-meu-filho/

Referências:

https://medium.com/@carlylecenter/7-dimensions-of-applied-behavior-analysis-5eb85128cf0a

https://www.attentivebehavior.com/seven-dimensions-of-aba-therapy/

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3196209/

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Dra. Fabiele Russo

Dra. Fabiele Russo

Neurocientista especialista em Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Mestre e Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP). Cofundadora da NeuroConecta.