É bastante comum que ocorra uma confusão entre impulsividade e hiperatividade. Apesar de em alguns casos ambas as condições podem estar presentes. Mas vale a pena entender a diferença entre os termos.
A impulsividade pode ser definida como tomada de decisão sem a consideração de todas as implicações de cada aspecto da situação e as possíveis consequências do comportamento.
Basicamente, a pessoa realiza as ações de forma impensada e repentina. Por isso, pessoas impulsivas geralmente têm dificuldade em prever as consequências de suas ações.
Já a hiperatividade ocorre quando há um excesso de energia e a pessoa não consegue ficar muito tempo parada, há dificuldade de atenção, desorganização e inquietude.
Sintomas de impulsividade
Um comportamento impulsivo é quando você age rapidamente sem pensar nas consequências. Entre os sintomas estão:
- Realizar compras de forma exagerada
- Momentos de raiva e explosões frequentes
- Transformar situações menores em algo urgente e mais importante do que o necessário
- Falam sem pensar e compartilham detalhes íntimos, por exemplo
- Praticar sexo sem proteção
- Já crianças podem colocar a vida em risco ao atravessar a rua sem olhar, se jogar em piscinas, não conseguir esperar sua vez, interrompem a todo momento
Sintomas de hiperatividade
A hiperatividade pode se apresentar de forma diferente para cada pessoa. Entre os principais sintomas podemos citar:
- Dificuldades para dormir e sono agitado. Geralmente, a pessoa se mexe excessivamente e não consegue relaxar.
- Baixo desempenho escolar. No caso das crianças, é comum que a hiperatividade atrapalhe o foco e a atenção, dificultando o aprendizado.
- Falam muito. Geralmente, estão sempre falando ou conversando.
- Dificuldade de seguir instruções.
- Agitação excessiva e ansiedade.
E quando for TDAH?
É provável que você conheça uma criança hiperativa, ou seja, que não consegue ficar parada por muito tempo. Pode ser TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade), que causa hiperatividade e comportamentos impulsivos.
Trata-se de transtorno neurobiológico, ou seja, que afeta as células do sistema nervoso central, e que acomete o indivíduo desde o nascimento. No entanto, pode demorar anos para ser diagnosticado.
Apesar de a impulsividade e a hiperatividade serem os sinais mais frequentes de quem tem TDAH, há outros sintomas comuns. Normalmente, as pessoas são agitadas, apresentam dificuldade de linguagem, conseguem prestar atenção e manejar o tempo para terminar as tarefas.
Vale destacar que é considerado um dos transtornos mais comuns em crianças e adolescentes, atingindo até 5% em todo o mundo.
Para ser diagnosticado com TDAH, é importante que a criança ou adulto tenha um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade que altere o seu desenvolvimento, aprendizagem e rotina diária.
Não existe um exame físico que determine que a pessoa tem TDAH. Sendo assim, o diagnóstico é clínico, ou seja, com análise de sinais e sintomas. Pode ser realizada também uma avaliação neuropsicológica.
Tipos de TDAH
Há três tipos de TDAH: hiperativo/impulsivo, desatento e misto (combinado). Por conta disso, os sintomas podem variar.
No caso de pessoas com TDAH hiperativo/impulsivo, os indivíduos costumam ser inquietos, falam muito e interrompem constantemente. Já as pessoas com TDAH do tipo desatento cometem erros por falta de atenção e apresentam dificuldade para organizar tarefas e atividades.
Já o tipo misto/combinado, conforme o nome indica, mistura sintomas de desatenção com hiperatividade e impulsividade.
Formas de tratamento
Depois do diagnóstico, é importante que a criança receba um acompanhamento de profissionais. Podem ser indicados alguns medicamentos que ajudam a controlar os sintomas para controlar os impulsos e ações.
A terapia comportamental é outra estratégia usada para diminuir a impulsividade e os comportamentos inadequados.
Além disso, na escola podem ser necessárias intervenções com o acompanhamento psicopedagógico e o reforço escolar.
A participação da família é fundamental no processo terapêutico.
Referências:
https://www.nhs.uk/conditions/attention-deficit-hyperactivity-disorder-adhd/symptoms/