O Apoio Psicológico é muito importante. Receber um diagnóstico de autismo pode causar diversas reações e sentimentos nos pais da criança ou jovem com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
Estudos mostram que os pais que cuidam de crianças com o TEA geralmente relatam níveis aumentados de estresse, depressão e ansiedade. Por isso, é muito importante que os pais e mães de autistas recebam um apoio psicológico durante todas as fases da criança ou do adolescente com o TEA.
O estresse vivenciado pelos pais de uma criança autista representa um risco maior para diminuição da qualidade de vida. Esses pais correm um alto risco de “síndrome do cuidador” ou “estresse do cuidador”, que é uma condição de exaustão, raiva ou culpa.
Tudo isso causa um mal-estar muito grande e afeta seu bem-estar mental, físico, social e financeiro. Eles se sentem responsáveis em atender todas às necessidades de uma criança com autismo, dando todo o suporte, atenção, amor e carinho que eles precisam.
O Apoio Psicológico
Ao receber o apoio psicológico, os pais conseguem desabafar, aliviar o sofrimento e redirecionar pensamentos e comportamentos para aumentar o bem-estar.
A terapia é o momento que os pais conseguem falar e serem ouvidos e principalmente lidar com as dores, angústias e até luto pelo filho idealizado.
O papel dos psicólogos
Os psicólogos podem desempenhar um papel importante no diagnóstico de TEA e ajudar as pessoas a lidar e gerenciar os desafios associados ao autismo.
Com a terapia, as pessoas podem mudar as expectativas criadas e aprender a conviver melhor em família e ajudar na evolução do filho autista com menos angústia e sofrimento.
Sabemos que criar uma criança no espectro pode ser muito diferente de cuidar uma criança neurotípica. Há questões sensoriais a serem consideradas, decisões educacionais que devem ser avaliadas, busca por profissionais e decisões terapêuticas que sobrecarregam os pais dos autistas. Eles podem ficar cansados e confusos com tudo isso.
Um terapeuta ajuda a identificar as necessidades das famílias e ajudar os pais a priorizar as tarefas e reduzir a ansiedade associada à sobrecarga.
Outra questão importante que pode acontecer é o desentendimento entre os pais. Sabe-se que os pais de crianças podem acabar brigando e discordando bastante sobre a criação, formas de tratamentos, terapêuticas, entre outras questões.
Isso pode causar sofrimento e estresse. O terapeuta pode ajudar um casal a superar as dificuldades enquanto estão juntos, visando o bem-estar da relação.
Mas, vale ressaltar que a terapia não faz milagre e não é da noite para o dia que surgem os resultados. É um processo que leva tempo, paciência, perseverança e comprometimento.
As mães costumam ser mais sensíveis, não se sentem compreendidas pelos companheiros e podem entrar em depressão. Pedir ajuda pode ser muito difícil, principalmente no início. Não hesite em buscar apoio profissional se achar que precisa e para administrar melhor os sentimentos.
Acesso à terapia
Outra questão importante é que a terapia pode ter um custo elevado, o que dificulta o acesso. Mas, o que nem todo mundo sabe é que muitas universidades, centros de estudo e projetos voluntários oferecem tratamento psicológico gratuito. É importante se informar se há esses serviços disponíveis na sua cidade e buscar indicações.
Também é possível buscar grupos de apoio. Pode ser útil ouvir ou conversar com pessoas que passaram ou estão passando por uma experiência semelhante. Para muitos pais, os grupos de apoio oferecem esperança, conforto e incentivo para continuar a enfrentar os desafios de criar uma criança com autismo.