Tratamento medicamentoso para o TEA

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No artigo de hoje vamos falar sobre o tratamento medicamentosopara as comorbidades em pessoas com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).

É importante reforçar que não há um medicamento para tratar o autismo em si e sim para tratar as comorbidades ou condições associadas. Portanto, quem apresenta essas comorbidades pode precisar de medicamentos para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

É muito comum para quem tem autismo apresentar algumas comorbidades, que são aquelas doenças ou condições que aparecem juntamente com o TEA.

Além disso, os medicamentos, quando são necessários, visam melhorar a qualidade de vida da pessoa com autismo e também de quem está à sua volta.

Portanto, os medicamentos mais comuns são antidepressivos, antipsicóticos, estimulantes, estabilizadores de humor e ansiolíticos. 

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Vamos citar algumas condições/comorbidades em que o uso de medicamentos pode ser necessário.

Transtorno Bipolar

O Transtorno Bipolar causa alterações de humor que vão de depressão a episódios de obsessão. Há pessoas com o TEA que também apresentam bipolaridade. Por isso, a pessoa pode apresentar felicidade extrema e otimismo, autoestima inflada, distúrbios do sono e distração. 

Mas, em outros momentos, apresentam depressão, perda de interesse em atividades normais, mudanças no apetite, perda ou ganho de peso, cansaço e perda de energia, sono intenso e falta de concentração. Nesses casos, são indicados medicamentos antipsicóticos e para problemas de humor assim como remédios antidepressivos.

Depressão

A depressão pode ser comum em pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo, principalmente naquelas que têm um autismo leve e sentem dificuldades de interações sociais.

Por isso, apresentam humor alterado, tristeza profunda, falta de sono e apetite, irritabilidade e perda de motivação.

Assim, o tratamento pode combinar antidepressivos com terapia. Há uma grande variedade de antidepressivos disponíveis no mercado e apenas um médico pode indicar qual é o melhor para cada caso.

Ansiedade

Quem tem autismo também pode sofrer com o transtorno de ansiedade. Então, os sintomas variam de tensão, hiperatividade, preocupação em excesso, hiperatividade, dificuldade para dormir e medo. Para não comprometer a qualidade de vida do autista a medicação pode ser indicada. O médico pode receitar antidepressivos, ansiolíticos e antipsicóticos para aliviar os sintomas.

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

Também conhecido pela sigla TDAH é umas das principais comorbidades associadas ao TEA. Os sintomas variam de dificuldade em pensar antes de agir, ficar sentadas e concentradas.

Com isso, o tratamento do TDAH além de terapêutico é psicofarmacológico, feito com medicamentos prescritos pelo médico.

TOC

Os autistas também podem ter o Transtorno Obsessivo Compulsivo, conhecido pela sigla TOC.

Os sintomas são os pensamentos obsessivos e a pessoa se comporta de maneira repetitiva e compulsiva para lidar com esses pensamentos. O TOC pode ser tratado com terapia e medicamentos que ajudam a controlar os sintomas.

Epilepsias

Estima-se que cerca de um terço das pessoas com TEA pode apresentar epilepsia. Essa condição de saúde causa convulsões repetidas. São mais comuns em crianças menores de cinco anos e em adolescentes. Por isso, o tratamento medicamentoso deve ser indicado para controlar os sintomas e cessar as convulsões.

Distúrbios do sono

É bastante comum que as pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo tenham algum problema para dormir. Algumas têm insônia, dormem pouco ou acordam frequentemente.

Esses distúrbios do sono podem estar ligados à ansiedade e a hipersensibilidade sensorial dos autistas. Alguns medicamentos podem ser indicados para que a pessoa consiga se acalmar, relaxar e dormir com mais facilidade.

É importante destacar que os medicamentos só podem ser indicados por um médico. Somente um especialista consegue determinar a dosagem correta e a duração do tratamento.

Os pais devem seguir a risca as orientações médicas e nunca interromper o tratamento por conta própria ou automedicar a criança, jovem ou adulto autista. Pois, essa atitude pode comprometer a saúde do seu filho e até mesmo piorar a situação. Sempre busque orientação profissional.

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Dra. Fabiele Russo

Dra. Fabiele Russo

Neurocientista especialista em Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Mestre e Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP). Cofundadora da NeuroConecta.