O TOD tem tratamento?

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O Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) é bastante comum na infância. Ele afeta muito o comportamento da criança ou do adolescente e pode comprometer o seu desenvolvimento.

É comum que as pessoas com TOD fiquem mais irritadas, apresentem padrões persistentes de comportamentos negativistas, sejam mais desobedientes e desafiem as regras e os pais com frequência.

Não há uma causa conhecida para o TOD. Sabemos que é uma combinação de fatores genéticos e fatores ambientais. Conviver em um ambiente familiar conturbado e ambíguo também pode contribuir para o surgimento do Transtorno.

Há casos em que existe uma disposição ou temperamento natural de uma criança por questões genéticas e também problemas com os pais que podem envolver falta de supervisão, pouca ou muita disciplina ou negligência.

 

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Principais sintomas

Os sintomas de TOD costumam surgir quando a criança tem entre 6 a 8 anos de idade. Geralmente, ela adota uma postura de teimosia frequente, hostilidade e lado desafiador.

Alguns sinais incluem:

  • Teimosia exagerada;
  • Resistência a cumprir com as regras e combinados;
  • A criança incomoda e perturba as pessoas de forma proposital;
  • São hostis e irritados;
  • São desobedientes;
  • Podem agredir verbalmente familiares;
  • Responsabiliza os outros por seus erros ou mau comportamento;
  • É comum que se aborreça sem motivos;
  • Apresentam surtos de raiva e tendência vingativa.

 

Como é o tratamento?

Após a confirmação do diagnóstico, é importante que os pais e os responsáveis sigam as instruções dos especialistas consultados como neurologista ou psiquiatra infantil.

O tratamento pode incluir psicoterapia para melhorar as habilidades de resolução de problemas, de comunicação e controle de impulso e raiva. Também poderá ser prescrita alguma medicação para regular as emoções da criança ou jovem.

Os remédios podem ser úteis para controlar alguns dos sintomas mais angustiantes do TOD, bem como os sintomas relacionados a condições coexistentes, como TDAH, ansiedade e transtornos de humor.

Além disso, poderão incluir:

  • Treinamento dos pais e de outras pessoas para ajudar a gerenciar o comportamento da criança;
  • Treinamento de habilidades sociais para aumentar a flexibilidade e melhorar as habilidades sociais e a tolerância à frustração com os colegas.

O TOD deve ser acompanhado pelo neurologista ou pelo psiquiatra infantil. Esses profissionais estão preparados para perceber os sintomas e indicar o melhor tratamento.

Além disso, não há um tempo de tratamento ideal, ele varia muito de acordo em como a criança vai reagir com as intervenções.

 

Os riscos da falta de tratamento adequado

Vale destacar que as crianças e adolescentes com transtorno desafiador de oposição e também com autismo podem ter problemas familiares, nos relacionamentos e na escola, caso não recebam um tratamento/apoio adequado.

Sabe-se que as crianças com TOD e autismo podem ter dificuldade em fazer e manter os amigos e os relacionamentos de forma geral. Além disso, pode afetar o seu desempenho escolar e aprendizagem.

Em alguns casos, o diagnóstico de TOD pode se agravar até desenvolver um transtorno de conduta, que é um quadro mais grave de transtorno de comportamento.

Nesses casos, apresentam comportamentos ainda mais agressivos, violam as leis e podem ser cruéis ou violentos com os animais e as pessoas, por exemplo.

E você, já conhecia o TOD? Conte para a gente a sua história.

 

Referências:

https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/oppositional-defiant-disorder/symptoms-causes/syc-20375831

https://childmind.org/article/what-is-odd-oppositional-defiant-disorder/

 

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Dra. Fabiele Russo

Dra. Fabiele Russo

Neurocientista especialista em Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Mestre e Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP). Cofundadora da NeuroConecta.