Educação inclusiva e Educação especial: qual é a diferença?

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É bastante comum que os pais e cuidadores de autistas fiquem em dúvida na hora de matricular uma criança com autismo. Neste momento, é importante conhecer as melhores opções para a criança ou adolescente com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Afinal, a educação inclusiva e a educação especial são iguais?

Veja abaixo detalhes de cada uma.

O que é Educação Especial?

Segundo a lei de diretrizes e bases da educação nacional, a educação especial é “a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação” .

Dessa forma, a educação especial tem basicamente os mesmos objetivos da educação em geral, mas o atendimento deve ser feito de acordo com as limitações individuais do aluno.

Ela utiliza ferramentas didáticas especificar para contribuir com o aprendizado, segundo as dificuldades apresentadas pelo aluno, sejam físicas ou cognitivas.

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Mas, a educação especial não visa cumprir um papel de integrador da criança com a sociedade.

Geralmente, são instituições de ensino regulares ou ambientes especializados em uma determinada deficiência — é o caso de escolas para pessoas surdas, deficientes visuais ou intelectual. Também há instituições voltadas aos transtornos globais de desenvolvimento ou com superdotação.

Esse sistema de ensino prega que as necessidades dessas crianças não podem ser supridas nas escolas regulares.

Geralmente, dividem as necessidades especiais aqueles que precisam de apoio e cuidados para realizar todas as atividades  pessoais e acompanhamento 24h; os que conseguem seguir regras e realizar hábitos de higiene, mas precisam de supervisão; e os com habilidades de adaptação pessoal e social e que conseguem realizar atividades simples.

Outras escolas de educação especial atendem crianças superdotadas, ou seja, que possuem uma inteligência acima da média e assim necessitam de estímulos diferentes. 

As escolas de educação especial precisam ter professores especializados, tecnologias de acessibilidade e recursos pedagógicos para atender a essas necessidades especiais.

O que é Educação Inclusiva? 

A educação inclusiva pode ser definida como um sistema educacional híbrido, ou seja,  alia a educação regular com a educação especial.

Assim  as crianças ou jovens com algum tipo de deficiência ou transtorno frequentam o ambiente escolar convivendo com outros alunos.

Dessa forma, a educação inclusiva caracteriza-se pela Educação Especial dentro da escola regular. E o objetivo é transformar a escola em um espaço para todos.

Especialistas destacam que ela favorece a diversidade, pois pressupõe que todos os alunos podem ter necessidades especiais em algum momento de sua vida escolar e o convívio pode ser benéfico para todos.

A educação inclusiva visa educar todas as crianças em um mesmo contexto escolar. Isso não quer dizer que estão negando as dificuldades e limitações  dos estudantes.

Mas, com estratégias adequadas e profissionais capacitados, o objetivo é capacitar o aluno independentemente da sua condição física e mental e ajudá-lo a se desenvolver e conviver com outras crianças.

De acordo com o Plano Nacional de Educação, essa modalidade de ensino perpassa todos os segmentos da escolarização (da Educação Infantil ao ensino superior); realiza o atendimento educacional especializado (AEE); disponibiliza os serviços e recursos próprios do AEE e orienta os alunos e seus professores quanto à sua utilização nasturmas comuns do ensino regular.

Mas, para ser efetivo para os alunos com necessidades especiais, é importante ter um projeto pedagógico inclusivo, além de ter recursos e tecnologias e ter profissionais capacitados.

Além disso, é necessário fazer adaptações nos materiais didáticos e métodos de ensino, de acordo com as limitações do aluno.

A Educação Inclusiva reforça que todas as crianças podem aprender. E respeita as diferenças dos indivíduos. Mas é um processo que está em evolução constante.

Qual é a escola mais indicada para meu filho (a) autista?

Como há diferentes graus de autismo – que variam de leve a grave, a necessidade ou apoio da pessoa com TEA  também varia.

A criança ou jovem com TEA precisa ter apoio para aprender e aperfeiçoar sua capacidade de integração social e ampliar sua percepção de mundo. A escola ideal é aquela que reforça o processo de inclusão e conta com professores, psicopedagogos e profissionais capacitados para acompanhar o desenvolvimento do autista.

Vale ressaltar que a  legislação brasileira garante o direito das pessoas com autismo de frequentar escolas regulares e também de terem o direito de ter um acompanhamento, se necessário.

A Educação Inclusiva deve ir além de apenas inserir o autista na sala de aula. É preciso inclui-lo nas atividades propostas e no ambiente como um todo. Por isso, é preciso que ocorra uma adaptação as suas necessidades e o apoio constante por parte dos pais e educadores.

Referências

https://novaescola.org.br/conteudo/57/legislacao-inclusao-autismo

https://educacaointegral.org.br/reportagens/autismo-escola-os-desafios-necessidade-da-inclusao/

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm#:~:text=LEI%20N%C2%BA%209.394%2C%20DE%2020%20DE%20DEZEMBRO%20DE%201996&text=Estabelece%20as%20diretrizes%20e%20bases%20da%20educa%C3%A7%C3%A3o%20nacional.

https://porvir.org/educacao-inclusiva-e-educacao-para-todos/

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Dra. Fabiele Russo

Dra. Fabiele Russo

Neurocientista especialista em Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Mestre e Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP). Cofundadora da NeuroConecta.