Disgrafia: conheça esse transtorno específico de aprendizagem

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A disgrafia é um transtorno de aprendizagem que causa problemas na hora de escrever. É um distúrbio neurológico que pode afetar crianças ou adultos. A principal característica é uma caligrafia ilegível, ou seja, fica bastante difícil de ler o que a pessoa escreveu.

Além disso, é comum que a pessoa demore muito tempo para finalizar uma tarefa escolar e tenha que fazer muito esforço para escrever de maneira organizada. A disgrafia pode aparecer como uma dificuldade com a ortografia, caligrafia e problemas para colocar pensamentos no papel.

O cérebro da pessoa com disgrafia tem dificuldade para processar palavras e escrever. Vale ressaltar que não é falta de inteligência ou que a pessoa não saiba ler, soletrar ou identificar letras e palavras.

O que causa a disgrafia 

Escrever é um processo complexo. A escrita envolve memória, coordenação motora, pensar em palavras e nos seus significados. Por isso, é preciso avaliar com muita calma se realmente a criança apresenta o transtorno de aprendizagem ou se é apenas uma dificuldade comum e passageira.

Sabe-se que se a disgrafia aparece na infância e geralmente é o resultado de um problema com a codificação ortográfica. As causas são desconhecidas, mas a disgrafia em adultos geralmente ocorre após algum trauma.

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Esse transtorno de aprendizagem geralmente acontece com mais frequência quando há algum membro da família com disgrafia. Também há pesquisas que relacionam a disgrafia com o desenvolvimento pré-natal e crianças que nascem antes da hora. Em muitos casos, a disgrafia está associada a um problema psicomotor.

Disgrafia e outros transtornos de aprendizagem

As crianças com esse transtorno podem ter outras dificuldades de aprendizado, mas geralmente não há problemas de habilidades sociais. É comum que quem tenha o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) também apresente disgrafia. Isso ocorre porque a atenção está intimamente ligada às habilidades de escrita e leitura.

Outros transtornos de aprendizagem associados à disgrafia incluem dislexia, pois apresentam dificuldade de  colocar as palavras na ordem correta em uma frase e dificuldade para lembrar as palavras.

Alguns sintomas e características da disgrafia

Apesar de ser raro, as pessoas com disgrafia sentem dor enquanto escrevem. Também é comum que ocorra uma mistura de letras maiúsculas e minúsculas, tamanhos e formas irregulares e letras inacabadas. Veja outros sinais abaixo:

– ortografia e letras maiúsculas incorretas;

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– dimensionamento e espaçamento inadequado de letras;

– dificuldade em copiar palavras;

– escrita lenta;

– dificuldade em visualizar palavras antes de escrevê-las;

– posição incomum do corpo ou da mão ao escrever;

– apertam firme na caneta ou lápis;

– falam as palavras em voz alta enquanto escrevem;

– omitem letras e palavras de frases.

Diagnóstico e tratamento da disgrafia

O diagnóstico da disgrafia geralmente é realizado logo após a criança entrar na escola e apresentar dificuldades de aprendizado. Pode ser identificado por professores, psicólogos, pedagogos e neuropediatras .

As crianças podem fazer alguns exames como avaliação do quociente de inteligência e análise dos trabalhos escolares. O tratamento para disgrafia varia e pode incluir terapia para controlar os movimentos de escrita e ajudar na memória.

Para algumas pessoas com disgrafia, a terapia ocupacional e treinamento de habilidades motoras podem melhorar a capacidade de escrever. 

A terapia ocupacional fortalece o tônus ​​muscular, melhora a destreza e avalia a coordenação olho-mão. As crianças disgráficas também devem ser avaliadas quanto à ambidestria, que pode atrasar as habilidades motoras finas na primeira infância.

Mas, pode ser um desafio ao longo da vida. Os pais precisam do apoio dos professores e da escola para que a disgrafia não atrapalhe o desempenho escolar das crianças.

Podem ser necessárias algumas estratégias na sala de aula que podem ajudar no aprendizado. Entre elas, pode ser útil usar o computador nas tarefas, realizar exames orais, dar mais tempo para os testes, suportes de escrita que facilitem segurar um lápis, entre outras.

Também poderão ser realizados exercícios grafomotores para melhorara coordenação motora e o domínio das mãos para movimentar um lápis sobre o papel. E com a caligrafia o aluno com disgrafia treina a habilidade da escrita.

 Referências

https://dyslexiaida.org/understanding-dysgraphia/

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4726782/

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