Dieta e autismo: saiba mais sobre a importância da alimentação no TEA

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O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma condição neurológica e de desenvolvimento que afeta a interação e comunicação social e o comportamento.

Portanto, pessoas com TEA apresentam comportamentos repetitivos e/ou interesses restritos. E isso pode afetar os hábitos alimentares e as escolhas alimentares, o que causa problemas de saúde.

Crianças com autismo também correm o risco de muitos outros problemas nutricionais, como deficiências de nutrientes, alergias e intolerâncias alimentares.

Cuidar de uma criança com autismo pode ser desafiador e no caso da alimentação saudável não é exceção. Por isso, é importante que o autista seja acompanhado por um nutricionista desde cedo para que seja elaborado um plano alimentar nutritivo e equilibrado.

Vale destacar que a alimentação adequada é importante para o crescimento, contribui com o aprendizado, aumenta a imunidade e ajuda na prevenção de doenças.

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No entanto, não existe uma dieta específica para os autistas. Ela deve ser individualizada, de acordo com as necessidades de cada um.

Pesquisas apontam que uma nutrição inadequada é mais comum entre crianças com autismo do que naquelas não afetadas pelo transtorno. Geralmente, há uma baixa ingestão de cálcio e proteína.

Os problemas alimentares crônicos também aumentam o risco da criança de ter dificuldades sociais e baixo desempenho acadêmico. Além de aumentar o risco de doenças relacionadas à dieta, como obesidade e doenças cardiovasculares na adolescência e na idade adulta.

A seguir, veja detalhes de algumas situações que podem atrapalhar a alimentação adequada do autista.

Seletividade alimentar

Pessoas com autismo podem ser mais sensíveis ao sabor, cheiro, cor e textura dos alimentos. Por conta disso, podem ter dificuldade de consumir alguns alimentos ou evitar totalmente o consumo. Isso pode comprometer a nutrição da pessoa com autismo.

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Não comem adequadamente

Crianças com autismo podem ter dificuldade em se concentrar em uma tarefa por um longo período de tempo. Por isso, podem sentir dificuldade para se sentar e comer uma refeição.

Constipação

Conhecido também como prisão de ventre, os autistas podem ser afetados pelo problema ao não consumir fibras suficientes, pelo uso de alguns medicamentos e falta de atividade física.

Interações medicamentosas

Alguns medicamentos estimulantes usados no autismo podem diminuir o apetite. Isso pode reduzir a quantidade de comida que uma criança ingere, o que pode afetar o crescimento e nutrição.

Dietas funcionam para o tratamento do autismo?

Não. Não há comprovação científica que confirme a eficácia de dietas ou de suplementos alimentares para melhorar o comportamento das crianças com autismo.

No entanto, uma dieta bem elaborada contribui para aumentar o bem-estar da criança e também aumenta a nutrição do autista.

Entre as dietas especiais que são utilizadas, podemos citar as de restrição de glúten e de caseína (proteína do leite). Isso porque alguns autistas apresentam doença celíaca ou outros distúrbios gastrointestinais — e a dieta melhora os sintomas de dor abdominal e diarreia.

O que pode ser feito?

O primeiro passo é buscar ajuda especializada com um nutricionista. Os pais e responsáveis devem sempre oferecer alimentos nutritivos e variados para evitar a falta de nutrientes.

É importante evitar alimentos ultraprocessados, refrigerantes, fast food e outros produtos que possam tomar o lugar de comida que seja fonte de nutrientes essenciais como cálcio, ferro, proteína e tantos outros.

Outro ponto fundamental é levar em conta que os pais são exemplos. Por isso, é necessário consumir alimentos saudáveis e nutritivos e fazer das refeições um momento interessante para a criança.

Mais pesquisas são necessárias para mostrar qual a ligação entre os sintomas do autismo e nutrição. Se você estiver considerando começar com algum tipo de suplemento ou uma dieta especial, fale primeiro com o médico do seu filho e sempre se consulte com um nutricionista especializado.

Esses profissionais podem ajudá-lo a fazer a escolha certa e reduzir o risco de possíveis efeitos colaterais ou deficiências nutricionais. Vale destacar que há diversas fake news nas redes sociais, internet e grupos de aplicativos que espalham informações incorretas e apenas os especialistas podem indicar qual alimentação é mais adequada para o autista.

Referências:

https://www.autismspeaks.org/nutrition-and-autism

https://www.eatright.org/health/diseases-and-conditions/autism/nutrition-for-your-child-with-autism-spectrum-disorder-asd

https://www.unlockfood.ca/en/Articles/Childrens-Nutrition/Health-Conditions/Autism-and-Nutrition.aspx

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Dra. Fabiele Russo

Neurocientista especialista em Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Mestre e Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP). Cofundadora da NeuroConecta.