Já falamos muito sobre como a Terapia ABA é comprovadamente eficiente para aumentar os comportamentos positivos e para ensinar novas habilidades para os autistas. Dessa forma a ABA ajuda a pessoa autistas se desenvolver e com isso ter mais autonomia e independência.
Mas, você sabia que existem diferentes técnicas de ensino em ABA? Todas visam que a criança ou jovem com TEA reduza comportamentos inadequados, amplie a sua capacidade cognitiva, motora e de linguagem.
A terapia pode ser mais estruturada ou ser mais lúdica e aplicada por meio de brincadeiras. A seguir, veja detalhes das principais técnicas de ensino em ABA.
Motivação
A ABA trabalha com a motivação da criança por meio dos reforçadores, ou seja, estímulos para que os comportamentos positivos voltem a acontecer.
O reforço deve ser individual, ou seja, precisa agradar a criança ou jovem. Por isso, há diversos tipos de reforçadores.
Entre os tipos de reforçadores usados podemos citar: brinquedos, cócegas, alimentos, passeios, elogios, abraços, jogos, desenhos.
Hierarquia em dicas
Trata-se de retirar gradualmente as dicas dadas às crianças para que elas realizem atividades.
O intuito é fazer com que a criança não erre e continue motivada. Essa ajuda pode ser apenas verbal, física ou gestual.
O objetivo é dar uma ajuda mais intrusiva (física total) e ir descendo no nível de ajuda até a dica menos intrusiva (dica em pausa).
O terapeuta pode fazer o movimento total pela criança, como se a criança estivesse fazendo o movimento. Ou oferecer menos pressão e ajuda, gesticular com a boca e até mesmo apontar um cartão ou ação como ajuda.
O terapeuta ajuda falando a resposta de forma total ou parcial. E dar dicas por pausas, ou seja , esperar a resposta da criança.
Modelagem
É uma técnica que visa modificar um comportamento de forma gradual, com treino de aproximações sucessivas.
Sendo assim, somente as variações das respostas são reforçadas, de modo contínuo ou intermitente, até chegar ao comportamento final desejado.
Juntamente com a hierarquia de dicas ensina comportamentos complexos de forma gradual para que a criança evolua. É um procedimento planejado que evita erros e mantém a criança motivada.
Esta técnica ABA permite que as crianças aprendam comportamentos apropriados observando os outros.
A modelagem de vídeo mostra à criança como se comportar e concluir uma atividade. Ele foi projetado para melhorar as habilidades sociais e de comunicação.
A criança assiste ao vídeo pelo menos uma vez para ver os comportamentos em ação. Em seguida, os analistas do comportamento aplicado recriam a cena e pedem às crianças que mostrem o que aprenderam.
Ensino de tentativas discretas
É uma técnica em que as habilidades são divididas em elementos pequenos e “discretos” (ou distintos). O terapeuta apresenta cada elemento da habilidade para a criança, um de cada vez.
A criança receberá um reforço positivo após cada resposta correta ao elemento discreto que está sendo ensinado.
Generalização
Consiste em ajudar o indivíduo a aplicar um comportamento aprendido na terapia para o dia a dia.
Os autistas podem ter dificuldade de repetir o comportamento que aprendeu e praticar na sua rotina.
A generalização aumenta o repertório comportamental do autista, já que mostra que a pessoa pode manter as habilidades ensinadas diretamente e ainda mostrar habilidades que não foram ensinadas em um ambiente novo.
Qual técnica usada em ABA é melhor?
Os terapeutas especialistas em ABA desenvolvem estratégias concretas para alcançar seus objetivos definidos. Por isso, cada técnica tem um objetivo específico e de acordo com a necessidade do autista.
É comum que sejam usadas várias técnicas ao mesmo tempo para evitar a estagnação e o tédio da criança. Por isso, é fundamental ter o apoio de especialistas capacitados que possam avaliar a pessoa e definir qual é a melhor estratégia.
As técnicas se esforçam para substituir comportamentos inadequados por outros mais positivos e apropriados. Melhorar a concentração, a motivação, a fala e as interações sociais da criança também são importantes e trabalhadas de forma individual.
Tudo isso para garantir que o autista seja mais independente e consiga realizar as suas atividades de forma autônoma.
E você, conhecia as técnicas de ensino usadas na terapia ABA?
Referências: