Estratégias para auxiliar no processo de aprendizagem do autista

As atividades pedagógicas são fundamentais para o desenvolvimento e a socialização infantil das pessoas com TEA.

Isso porque os autistas apresentam dificuldades em áreas como da comunicação, comportamento social, motora, na interação social e na integração sensorial.

Algumas estratégias e atividades pedagógicas contribuem para que o processo de aprendizagem do autista seja eficaz e ele se torne mais sociável.

Na sala de aula, as atividades para crianças com autismo podem ajudá-las a aprender como expressar suas emoções, regular seus desafios sensoriais e interagir com outras crianças.

Lembrando que o plano de ensino e atividades voltadas para o autista devem ser individuais, uma vez que cada pessoa com o TEA é única e tem suas particularidades e limitações que devem ser respeitadas.

Embora a maioria dos educadores concorde que não existe uma receita para o ensino de nenhum aluno, há algumas diretrizes que podem ser úteis para apoiar alunos com o TEA.

Esses alunos com autismo podem ter necessidades únicas com aprendizado, habilidades sociais e comunicação.

Por isso, os professores precisarão de estratégias pedagógicas para abordar cada uma dessas áreas.

Alguns alunos com autismo sofrem com as mudanças nas rotinas e ficam desconfortáveis ​​mudando de ambiente.

Para eles lidar com essa situação causa estresse e desorientação.

Os professores podem minimizar o desconforto que os alunos sentem dando apoio, orientando os outros alunos e se manter disponível para o diálogo com a família e alunos.

Os autistas podem se sentir desconfortáveis ​​ou inseguros no ambiente educacional.

Por isso, é importante proporcionar um ambiente de aprendizagem apropriado como estratégia de ensino.

O que pode ser realizado na sala de aula

É importante usar estímulos visuais como cartões com imagens e símbolos durante as atividades.

Ou então, promover atividades sensoriais para facilitar a aprendizagem do autista.

Além disso, as atividades em grupo ajudam a ampliar a interação entre os colegas.

Uma criança com autismo pode não parecer interessada em interagir com colegas, pais e professores…

Mas é importante continuar ensinando as habilidades sociais.

Os professores devem se atentar para usar uma linguagem simples, sem metáforas, para que o aluno compreenda o conteúdo.

Outra ferramenta que pode ser aliada no aprendizado dos autistas é a tecnologia.

Usar aplicativos, softwares e outros programas virtuais são bastante eficazes, assim como:

Jogos interativos, vídeos, games e outros atrativos que contribuem para a educação das crianças autistas.

O ambiente físico de aprendizagem pode impactar crianças e jovens no espectro do autismo.

É importante reduzir o maior número possível de barreiras e preparar os alunos para um ambiente previsível e calmo.

Pode ser necessário realizar uma análise cuidadosa das necessidades individuais de aprendizagem.

E, dessa forma, entender a motivação dos alunos e realizar pausas para apoiar a criança na sala de aula.

Mesmo quando a linguagem direta é usada uma criança com TEA pode levar mais tempo para responder ou reagir imediatamente.

É importante que ele tenha tempo e o professor precisa ter paciência e explicar a atividade quantas vezes forem necessárias para que ele consiga absorver a informação.

Referências:

https://www.education.vic.gov.au/school/teachers/learningneeds/Pages/supportmaterials.aspx

https://www.iidc.indiana.edu/pages/Teaching-Tips-for-Children-and-Adults-with-Autism

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Foto de Dra. Fabiele Russo

Dra. Fabiele Russo

Neurocientista e pesquisadora na área do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Mestra e Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP) com Doutorado “sanduíche” no exterior pelo Departamento de Pediatria da Universidade da Califórnia, San Diego (UCSD). Realizou Pós-doutorado pela USP. É cofundadora da NeuroConecta e também, coautora do livro: Autismo ao longo da vida.
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Dra. Fabiele Russo

Neurocientista e pesquisadora na área do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Mestra e Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP) com Doutorado “sanduíche” no exterior pelo Departamento de Pediatria da Universidade da Califórnia, San Diego (UCSD). Realizou Pós-doutorado pela USP. É cofundadora da NeuroConecta e também, coautora do livro: Autismo ao longo da vida.