Geralmente, são os pais e cuidadores que notam os primeiros sinais de autismo nas crianças. Nesse momento, cabe a eles procurar ajuda especializada para obter um diagnóstico e começar uma intervenção precoce para melhorar as habilidades sociais do autista.
Os pais que recebem um diagnóstico de autismo podem ficar com medo ou preocupados com o que vem pela frente. Esses sentimentos são bastante comuns, mas depois do impacto inicial é importante que os pais saibam que são fundamentais para que possam contribuir com o desenvolvimento das crianças e jovens com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
Saiba o que os pais e cuidadores podem fazer para contribuir com o desenvolvimento dos autistas.
Procurar ajuda especializada
Assim que achar suspeitar que a criança não esteja se desenvolvendo adequadamente, busque um especialista para ter um diagnóstico.
Quanto mais cedo às crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) recebem ajuda, maior será sua chance de responder às terapêuticas.
A intervenção precoce é a maneira mais eficaz de acelerar o desenvolvimento de seu filho autista e reduzir os sintomas de autismo ao longo da vida.
Aprender sobre o autismo
Após a confirmação do diagnóstico, é importante obter informações corretas sobre o transtorno do espectro do autismo. Por isso, se informe com os especialistas sobre as intervenções precoces, quais são as terapias mais indicadas, escolas adequadas e como a família pode ajudar.
Não tenha medo de fazer perguntas e participar de todas as decisões das intervenções e tratamentos indicados.
Conheça seu filho
Cada autista é único. Por isso, descubra o que desencadeia os comportamentos inadequados, o que o incomoda, o que provoca uma resposta positiva.
Não foque em como seu filho autista é diferente de outras crianças, mas se esforce para aceitar a situação e celebrar suas conquistas.
Evite comparações desnecessárias. O autista precisa ser amado, respeitado e aceito pelos pais e familiares de forma incondicional. Isso será fundamental para que ele se desenvolva.
Seguir uma rotina
Os autistas precisam de horários, rotina e uma programação bem definida. Estabeleça horários para refeições, terapia, escola e hora de dormir.
Tente reduzir as interrupções nessa rotina. Se houver uma mudança de horário que não dê para evitar, prepare seu filho ou filha com antecedência.
Recompensar o bom comportamento
O reforço positivo pode ajudar crianças com autismo a terem comportamentos mais apropriados. Por isso, os pais devem elogiar as crianças e jovens com autismo quando estes aprenderem uma nova habilidade e recompensá-lo pelo bom comportamento, como dar brinquedos ou comidas prediletas.
Buscar e investir em diversas terapias
Os tratamentos comuns para o autismo incluem terapia comportamental, fonoaudiologia, terapia ocupacional e ABA. A criança e o jovem com autismo podem precisar de um tratamento multidisciplinar e contar com diversos especialistas.
É importante averiguar o que cada autista necessita, qual é a prioridade no momento e sempre arranjar tempo para se divertir.
E aqui o papel dos pais é fundamental, uma vez que são eles que acompanham nas consultas e dão continuidade às técnicas em casa.
Estimular as interações sociais
Os autistas podem apresentar dificuldades ou não saber como interagir com outras pessoas. Os pais podem praticar novas habilidades sociais com o autista em vários lugares e também com pessoas diferentes. É importante que o autista realize passeios, converse sobre o que gosta ou não.
A criança com TEA também deve ser incentivada a expressar seus sentimentos e descrever o que sente, quais foram os motivos para se sentir assim.
Outra dica é estimular as pessoas mais próximas como familiares a falar com a pessoa com TEA. O autista precisa se sentir integrado, perceber que as pessoas ao redor se importam e vão interagir com ele.
Ter tempo, paciência e amor
Ser pai e mãe de uma criança ou jovem com autismo pode ser ainda mais desafiador do que criar uma neurotípica. Exige mais energia, tempo, paciência e dedicação. Quem se sentir sobrecarregado, sem energia, desanimado e triste, deve buscar ajuda especializada como psicólogos para cuidar de si e de sua saúde mental.
É importante que os pais saibam que não estão sozinhos nessa jornada, por isso, converse com outros pais de autistas, divida as angústias e conquistas. Todos têm a ganhar.
Referências:
https://www.autism-society.org/living-with-autism/autism-and-your-family