A hipotonia ou o tônus muscular baixo é a diminuição da força muscular e dos músculos.
Por isso, os músculos não são tão firmes quanto o esperado em termos de desenvolvimento.
Normalmente, mesmo quando relaxados, os músculos têm uma quantidade muito pequena de contração que dá uma sensação de elasticidade e fornece alguma resistência ao movimento passivo.
Crianças com baixo tônus muscular podem apresentar atraso nas habilidades motoras, semelhantemente podem apresentar também, dificuldade de coordenação motora e fraqueza muscular, entre outras condições.
Em inglês, essas crianças ficaram conhecidas como floppy babies, ou “bebês molengas”, em tradução livre.
Esse problema de saúde é comum em crianças com autismo.
Estima-se que aproximadamente 30% das crianças com autismo têm perda moderada a grave de tônus muscular.
Elas podem apresentar uma postura inadequada, dificuldade em executar tarefas motoras finas e grossas adequadas à idade, consciência corporal deficiente, dificuldade em mastigar e problemas de fala.
O pescoço e o tronco ficam moles, gerando dificuldade para sustentar a cabeça e se sentar.
A hipotonia é mais frequentemente detectada em bebês logo após o nascimento ou quando são muito jovens.
Mas, esse problema também pode aparecer em crianças maiores.
Esse tônus muscular fraco tende a sinalizar um problema no cérebro, na medula espinhal, nos nervos ou nos músculos.
Os sintomas da hipotonia incluem:
- Falta de controle parcial ou total da cabeça;
- Atraso no desenvolvimento motor;
- Diminuição da força;
- Hipersensibilidade;
- Dificuldades de fala;
- Postura debilitada.
Diagnóstico e tratamento da hipotonia
Primordialmente, os pais devem ficar atentos aos sinais dessa fraqueza muscular.
É importante perceber se a criança fica com os braços e as pernas em linha reta enquanto descansa.
E também verificar se ela pode escorregar das mãos quando é segurada – já que os braços se erguem sem resistência.
A hipotonia geralmente é diagnosticada durante o primeiro ou até o segundo ano de vida.
O diagnóstico geralmente é realizado pela observação clínica.
Em seguida, o especialista solicita exames laboratoriais, estudos de imagem, como a tomografia computadorizada, ressonância magnética e eletroencefalograma.
Cabe destacar que a hipotonia é diferente da fraqueza muscular, mas algumas vezes pode ser difícil distinguir as duas condições.
Mas, quanto mais precoce for à detecção do quadro, maiores serão as chances da criança ter um tratamento adequado.
O tratamento da criança hipotônica deve ser adaptado de acordo com a condição específica.
Existem algumas estratégias para trabalhar o baixo tônus muscular e geralmente consistem em exercícios usados para aumentar a força muscular.
A terapia costuma ser de suporte e com uma equipe de reabilitação formada por vários profissionais como o profissional de educação física, psicomotricista, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo e fisioterapeuta.
As atividades físicas supervisionadas por um profissional de educação física pode ajudar no aumento da força muscular e diminuição da hipotonia.
A psicomotricidade também pode ajudar no tônus muscular e nas questões psicomotoras.
A terapia ocupacional pode ajudar a pessoa a aprender maneiras de realizar as atividades da vida diária.
Já o fonoaudiólogo pode ajudar nas dificuldades de respiração, fala e deglutição.
Por fim, a fisioterapia pode melhorar o controle motor e a força geral do corpo.
Referências:
https://www.saudecuf.pt/mais-saude/doencas-a-z/hipotonia
http://medicina.fm.usp.br/gdc/docs/revistadc_96_p.82-93%20862.pdf