Meu filho é autista. E agora?

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Compreenda como interagir e fortalecer vínculos

Ao pesquisar na ferramenta de busca da internet o termo “autismo”, uma das referências que se pode observar com maior frequência é o questionamento: “Meu filho é autista. E agora?”

Ao se deparar com esta nova realidade homens e mulheres, pais e mães, avós, tios, demais familiares podem manifestar como primeiro impacto susto, indignação, tristeza, culpa, insatisfação, preocupação. São diversas as emoções que uma pessoa pode sentir ao receber o diagnóstico de autismo de seu filho. O primeiro passo é não negligenciar seus sentimentos, mas não se pode deixar ser consumido por eles.

Há ainda um estigma em relação às perspectivas que existem no universo do autismo – para a criança e seus familiares. Este diagnóstico está longe de ser uma sentença. Pelo contrário é a oportunidade de tomar atitudes práticas para desenvolver o autista e auxiliá-lo a alcançar o melhor desempenho conforme suas habilidades.

Houve um tempo ainda que se condicionava a condição de autismo à atitudes provocadas pelos pais. Hoje isto já caiu por terra e estudos apontam como possíveis causas genéticas e, até mesmo, fatores ambientais. Portanto, não se culpe.

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Isso se deve, em grande parte, a desinformação sobre o que de fato é o “Transtorno do Espectro do Autismo”. (confira em O que é Autismo –  https://neuroconecta.com.br/o-que-e-autismo/).

Não se deve generalizar o autismo. Cada indivíduo com Transtorno do Espectro do Autismo apresenta suas particularidades.

Compreender que a pessoa com autismo pode ter limitações e respeitá-las é fundamental no processo de evolução. Alguns apresentam mais necessidades de apoio que os demais. Há aqueles que não gostam de ser tocados, se sentem incomodados por determinados sons, luzes e cheiros. Podem ser metódicos, sistemáticos. Repetir atitudes e até roupas.

Há ainda pessoas com autismo que são excelentes em determinadas atividades como pintar, tocar música, fazer cálculos (podem ser até considerados superdotados).

Devido à fragilidade de comunicação que alguns autistas podem apresentar em relação à linguagem verbal, será possível se adaptar ao diálogo por meio da linguagem de sinais.

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Seja qual for a situação, respeite! Não tente adequá-lo a viver no seu mundo, mas compreenda que é possível integrar um universo ao outro sem ferir barreiras, mas sim, tornando-as complementares. Não se pode rotular, a palavra é estimular!

O limite da capacidade de seu filho irá até aonde for a sua de compreensão.

Um estudo de pesquisadores da Universidade de Manchester, nos Estados Unidos, publicado em novembro de 2016 no periódico científico chamado “The Lancet”, considerado uma das revistas mais importantes em divulgação de pesquisas, mostrou que os pais de crianças com autismo que auxiliam seus filhos contribuem para reduzir a gravidade dos seus sintomas e melhorar a sua capacidade de se comunicar.

Ao ouvir a palavra autismo, lembre-se: trata-se de uma condição crônica, de uma deficiência e não de uma doença. Portanto deve-se buscar meios de permitir que a criança avance e possa alcançar autonomia e independência para viver a vida conforme sua possibilidade e assim o desejar.

Se este é seu caso ou conhece alguém que acabou de iniciar um contato com o Transtorno do Espectro do Autismo, busque suporte médico, acompanhamento terapêutico para desenvolver as funções emocionais, intelectuais e cognitivas da criança, além de obter apoio psicológico.

Para seu filho e para você e seus familiares, bem como pessoas próximas. A intervenção parental é fundamental para o sucesso dos tratamentos empreendidos pela equipe multidisciplinar que estará cuidando de seu filho.

Tenha tempo para você, se cuide. É preciso que esteja bem para passar isso a sua criança. Encontre grupos de pessoas que já vivenciaram esta experiência e tem muitos ensinamentos a compartilhar, inclusive, em como lidar com os receios que possa haver ao longo do processo de adaptação à esta nova fase.

Com esforço, amor, compreensão de seus sentimentos e de seu filho você poderá descobrir um novo e intenso universo! Você não está sozinho!

Suporte

Se você precisa de suporte com alguma questão referente aos direitos da pessoa com espectro do autismo, de seus familiares, entre outros aspectos correlacionados, procure uma instituição. Abaixo, separamos algumas delas:

Associação Brasileira de Autismo
Associação Amigos do Autista
Autismo e Realidade
Casa de David
Instituto Autismo & Vida

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Dra. Fabiele Russo

Neurocientista especialista em Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Mestre e Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP). Cofundadora da NeuroConecta.